África terá uma força de prontidão
para intervir
DA REUTERS
Líderes africanos decidiram ontem (26/05) criar imediatamente uma
força militar de reação rápida para lidar com emergências regionais, buscando
tornar a segurança do continente menos dependente dos fundos e contingentes de
outras origens.
A decisão, tomada em uma cúpula da UA (União Africana) na Etiópia,
atende aos apelos de vários líderes preocupados com os diversos conflitos e
rebeliões em curso na África.
Os planos para uma Força Africana de Prontidão já existem há mais de
uma década, e os sucessivos adiamentos na sua criação geram críticas de que o
continente depende em excesso da ajuda da ONU e de doadores ocidentais.
O texto adotado pela Assembleia da UA, ao qual a Reuters teve acesso,
estabelece que a força de reação rápida será formada com contribuições voluntárias
de soldados, equipamentos e verbas a serem feitas por países africanos que
estiverem em condições para isso.
A iniciativa está sendo chamada de Capacidade Africana para a Resposta
Imediata a Crises e seria uma solução provisória até a formação definitiva da
Força de Prontidão.
Entre os desafios de segurança enfrentados nos últimos dois anos pelos
africanos estão os golpes militares da Guiné-Bissau e do Mali; as ofensivas de
grupos militantes islâmicos no Mali e na Nigéria; e conflitos envolvendo
rebeldes no leste da República Democrática do Congo e da República
Centro-Africana.
No começo deste ano, a França interveio militarmente no Mali, sua
ex-colônia, para impedir o avanço de rebeldes islâmicos.
A ação causou constrangimento à UA, por demonstrar sua incapacidade de
defesa própria.
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