terça-feira, 18 de maio de 2010

África, mapa do colonialismo europeu, 1914


Mapa de referência para atividade cartografica sobre o colonialismo europeu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, o mapa representa os territórios resultantes da partilha da África, após a Conferência de Berlim.

Ismael Lo - Jammu Africa

domingo, 16 de maio de 2010

Quilombo das Brotas em Itatiba


Matéria publica no Correio Popular, edição de domingo, 16 de maio de 2010, sobre a comunidade quilombola na vizinha cidade de Itatiba

Quilombolas vivem na precariedade

Sem infraestrutura básica, população descendente de ex-escravos reivindica melhorias, enquanto luta para manter vivas as tradições



Inaê Miranda
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
inae.miranda@rac.com.br

Apesar da proximidade e do contato com os recursos oferecidos pelo município, o Quilombo Brotas, situado no bairro Santa Filomena, em Itatiba, sofre com a falta de infra-estrutura e com a degradação. Os quilombolas lutam para manter viva a história do lugar e implantar melhorias no local, primeiro e único a ser reconhecido oficialmente como quilombo urbano do Estado de São Paulo.

Na entrada principal, um portão largo com a figura de um negro anuncia a presença da comunidade de 34 famílias. As casas, construídas com blocos e telhas de amianto, estão espalhadas numa área de 12,48 hectares e lembram a arquitetura simples de uma periferia. Segundo a moradora Jaciene Vilela Barbosa, em 90% das casas, os moradores ainda utilizam água de poços artesianos.

“Apesar da união e da tranquilidade do lugar, ainda falta muita coisa na comunidade. A gente não tem rede de esgoto, não tem iluminação nas ruas. O lixo só é recolhido se estiver fora do quilombo. Tem morador que precisa andar 15 minutos para colocar o lixo do lado de fora. Melhoraria muito a qualidade de vida dos quilombolas se fossem feitas essas melhorias”, disse Jaciene.

As reclamações dos quilombolas são antigas. Em busca desses benefícios, eles fundaram uma associação, em 2003. Uma reportagem publicada pelo Correio, cinco anos depois da fundação, mostrava algumas conquistas dos moradores, por meio de parcerias com organizações não governamentais (ONGs) e com a Universidade São Francisco (USF), como a regularização de documentação da área, a instalação de salas para alfabetização e de informática. Atualmente, apenas um dos nove computadores funciona. As aulas de reforço escolar ainda não começaram este ano. As salas de alfabetização ficam na maior parte do tempo fechadas.

A realidade dos vizinhos do Quilombo Brotas é bem diferente. Eles contam com toda a infraestrutura oferecida pelo município. Um relatório elaborado pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, em 2004, apontava para as diferenças entre os quilombolas e a vizinhança. “Esse modelo de desenvolvimento urbano acaba gerando uma territorialidade seletiva, onde um grupo social tem acesso a uma série de bens e serviços enquanto que para os vizinhos negros e pobres nada está disponível reforçando, assim, a segregação social”, destacava.

Estudos e projetos para a área não faltam. De acordo com a Prefeitura de Itatiba, já foi solicitado à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) um estudo para a implantação da rede de água e esgoto. E, em parceria com o curso de Arquitetura e Urbanismo da USF, está sendo feito um trabalho de orientação dos moradores quanto à execução de melhorias no espaço em que vivem, sem a descaracterização do local. Por meio desse estudo, foi constatado que, para manter a originalidade cultural, novas residências não devem ser construídas.

Desde abril de 2007, há uma parceria entre a USF e a Associação Cultural do Quilombo Brotas para assessoramento técnico aos quilombolas. Um plano diretor elaborado pela faculdade aponta para o desenvolvimento local sustentável. Uma espécie de mapa de ocupação do local está sendo feito pelos estudantes da universidade. Ele deve apontar as áreas que podem ser construídas sem descaracterizar o local. Atualmente, o projeto encontra-se em fase de finalização.

Patrimônio se perde com o tempo

O Quilombo Brotas ocupa o território há mais de 130 anos.

As terras foram compradas por Emília Gomes de Lima e Isaac de Lima, escravos de uma fazenda da região, bisavós da moradora mais antiga, Ana Teresa Barbosa, de 72 anos. Após a morte do fazendeiro, o casal foi alforriado e passou a morar no Sítio Brotas, propriedade de um casal que ajudava escravos libertos e fugidos. Entre 1878 e 1885, eles conseguiram juntar dinheiro, que guardavam em um baú existente até hoje, para comprar o sítio.

As portas fechadas de uma casa no local mais alto do quilombo guardam parte dos objetos que pertenceram à Emília e à sua neta, a mãe-de-santo Emília Barbosa Gomes, conhecida como Tia Lula, falecida em 2006. Depois de sua morte, corroídos pelo tempo, os pertences e a residência de Tia Lula estão se perdendo. Para preservar a história do local, a associação de moradores planeja transformar a casa de Tia Lula em um museu.

O projeto é antigo, mas até o momento quase nada foi feito. Alguns objetos chegaram a ser retirados provisoriamente da casa de Tia Lula e levados para a Exposição 29 de Abril, no museu de Itatiba. Na data, a cidade comemora a libertação dos escravos. Isso porque, nesse dia, pouco antes de 13 de maio de 1888, foi verificado que não havia mais escravos no município. (IM/AAN)

SAIBA MAIS

De acordo com a Fundação Cultural Palmares, estão identificadas oficialmente mil comunidades remanescentes dos quilombos. As maiores concentrações dessas comunidades estão nos estados da Bahia e Maranhão. Em São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), são 26 comunidades reconhecidas como remanescentes. Duas delas ficam em Itatiba e Capivari, na região de Campinas.

Implantação de ponto de cultura renova expectativas

A implantação de um ponto de cultura — iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e do Ministério da Cultura — na área do Quilombo Brotas enche os moradores da comunidade quilombola de esperança. O projeto Nas Trilhas do Quilombo Brotas prevê a geração de trabalho e renda para os moradores da comunidade, com a instalação de uma cozinha e lanchonete, a difusão da cultura negra e a inclusão digital, por meio de cursos e oficinas.

O valor de R$ 180 mil deverá ser repassado pelos governos em três anos. O repasse previsto para este ano era de R$ 60 mil e já foi feito. Segundo Manoel Barbosa, presidente da associação de moradores do Quilombo Brotas, a primeira parte da obra deverá ficar pronta até a última semana deste mês. De acordo com ele, o ponto de cultura dará maior visibilidade ao quilombo. “Nós teremos mais respaldo porque vamos conseguir trazer a comunidade para conhecer a comunidade”, disse.

José Roberto Barbosa, um dos membros da associação e futuro coordenador do ponto de cultura, acredita que o projeto será uma oportunidade de os quilombolas se autoconhecerem. “Vamos receber visitantes e a comunidade vai precisar se inteirar do passado. Eles terão curso de oratória, de história e de informática. É uma oportunidade para difundir a cultura quilombola”, disse.

O público alvo do ponto de cultura, criado em novembro passado, são os moradores do quilombo, adolescentes e jovens, população de baixa renda, crianças, estudantes da rede pública de ensino e interessados na preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental. (IM/AAN)

Moradores constroem futuro e tentam resgatar memória

Rádio, investimento na educação e réplica de casa de taipa são exemplos

Enquanto aguardam as ações dos órgãos públicos, a comunidade corre atrás de benefícios. É o caso de Luana Fernando Gomes, de 16 anos, que, com a ajuda de uma amiga, fundou a rádio comunitária do quilombo há cerca de um ano. “De vez em quando, a gente coloca pagode e música sertaneja para tocar. Quando os mais velhos reclamam, a gente troca para não desagradar”, disse Luana. Além de tocar músicas, a rádio é utilizada pela associação e pelos moradores para anunciar eventos e notícias do quilombo ou da cidade.

Para resgatar um pouco da história que foi se perdendo ao longo do tempo, Fabiano Barbosa construiu uma casa de taipa, erguida com bambus e preenchida com barro, réplica de onde viveu sua avó Amélia, filha dos escravos Emília e Isaac, que adquiriram o quilombo no século 19.

Quem já está na idade, freqüenta as escolas de Ensino Fundamental e Médio da cidade. Rita Talita Francisca dos Santos, de 21 anos, faz curso preparatório para o vestibular. Ela deseja cursar medicina veterinária. “Moro no quilombo desde criança e, por causa da proximidade da mata, alguns bichos se aproximam. Isso despertou o meu interesse pela área”, disse.

Luana faz o 1 ano do Ensino Médio e já pensa em cursos profissionalizantes. “Vou fazer um curso de telemarketing e técnico de farmácia. Depois, pretendo cursar a faculdade de farmácia mesmo”, disse. (IM/AAN)

Visão Norte Americana da Luta contra HIV/AIDS em Uganda, video do New York Times

sexta-feira, 14 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

manu dibango Africa

Feliz dia das Mães




Tributo às Mulheres Pretas
Rappin Hood

Você esta curtindo:
A VOZ DO RAP...

Ie,Ie,Ie,
se liga no som,
é a voz do rap no seu day,
esse é o grupo rapaziada,
a noviça do Rappin´Hood,
a todas as deusas do Ébano,
deusas da beleza,
as nossas rainhas,
essas são as nossas mulheres pretas.

Essa foi dedicada a todas as mulheres pretas especialmente a você princesa (Negra preta mulher brasileira, preta...)

Ela é a princesa e eu o plebeu,
eu e ela,ela e eu,
Ela é a princesa e eu o plebeu,
eu e ela,ela e eu.

Olho na capa da revista e ela não esta lá,
Sempre esta executiva raramente é,
papel principal de novela,
só se for em sonho,
sempre ficou jogada em segundo plano.

Sua pele escura,
espelha a consciência que a vida é dura
para a mulher negra,
sociedade machista,
com país racista,
ela colhe as migalhas do sistema fascista,
se mesmo assim deixa fluir do seu perfume,
a rosa negra,
deusa da beleza,
mulher de verdade,
exemplo de luta,
com até mais dignidade que a loura burra,
do canto da cidade,
de varias valetas,...diah...

Salve todas as mulheres negras...
Oh meu Deus salve a mulher negra...


Negra preta mulher brasileira, preta...
Não admite ser subjugada, passada pra trás...
Negra preta mulher brasileira, preta...

Existe direitos iguais, certo mano?

"Lavar roupa todo dia,
triste vida da Dona Maria,
acorda cedo já vai pra batalha,
lavar roupa pra madame,
que lhe paga,
com uma escala dos tempos de cativeiro,
reza pela família,
lutar pelo sistema,
discriminada é há muito tempo,
mantém a fé,
mostra seu talento,
mulheres pretas é pra vocês canção,
meu carinho minha consideração
mama áfrica é quem agradece,
a mãe que pede pelo fim pelas preces,
negra mulher,
jóia rara "

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Trailer de KIRIKOU - OS ANIMAIS SELVAGENS



Estamos assistindo ou em algumas classes já assistimos a continuação das aventuras de Kiriku, a criança africana preocupada em solucionar os problemas da sua comunidade. No ensino médio e no EJA propomos um roteiro de análise do filme, que cumpre o objetivo de contribuir para nossa aproximação em relação a África.

Morre o presidente da Nigéria




Umaru Yar'Adua, presidente da Nigéria, morreu na manhã desta quarta-feira 5 de maio na residência oficial de Aso Rock. O porta-voz da Presidência da Nigéria informou há pouco que o presidente do país africano morreu por volta das 21h (horário local) desta quarta-feira (5). As informações são da agência Associated Press e os jornais locais já confirmaram o óbito.

Umaru Yar’Adua, 58, morreu na residência oficial de Aso Rock. O presidente sofria de problemas no coração e nos rins.

O vice-presidente Goodluck Jonathan já havia assumido o poder no último dia 9 de fevereiro devido aos problemas de saúde de Yar’Adua. Jonathan assumiu a presidência durante a ausência de três meses do presidente, que deixou o cargo em 24 de novembro de 2009 para tratamento médico em uma clínica saudita.

Em janeiro, durante o tratamento, Yar’Adua afirmou à BBC: “No momento, estou passando por tratamento e estou melhorando com o tratamento. Espero que muito em breve haverá um progresso tremendo, que vai me permitir voltar para casa”. O presidente voltou à Nigéria em 24 de fevereiro, mas se manteve afastado do cargo e não apareceu mais em público.

Disputa pelo poder
Em março desse ano, milhares de nigerianos marcharam até os portões do palácio presidencial para exigir o fim da presidência de Yar'Adua, para que Jonathan pudesse assumir o cargo oficialmente.

O retorno secreto do presidente após tratamento na Arábia Saudita levantou temores de que seu círculo de assistentes, liderado por sua esposa Turai, tentaria manter a influência sobre a nação mais populosa da África e minar o poder de Jonathan.

A disputa de poder no país de 140 milhões de habitantes e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo poderia paralisar o governo, ameaçar um programa de anistia na região petrolífera no delta do rio Niger, e forçar reformas em diversos setores, como o bancário e o de petróleo e gás natural.

"Nós queremos que o presidente invisível seja revogado. Estamos cansados de um presidente que não podemos ver, que não pode governar. Queremos vê-lo," disse aos manifestantes Babatunde Ogala, um político da capital comercial, Lagos, e um dos organizadores do protesto.

"Se não podemos vê-lo queremos outra pessoa que tenha a permissão para governar. Por que um membro da sociedade secreta está controlando nosso país," disse na época.

O grupo também defendia a dissolvição e substituição de outros membros do governo e a implementação de reformas eleitorais, o que poderia antecipar eleições presidenciais.

Governo conturbado
Yar'Adua havia assumido o poder em 2007, em um país atingido por vasta corrupção, e ganhou a admiração popular por ser o primeiro líder a declarar publicamente seus bens. No entanto, o entusiasmo com sua Presidência diminuiu com a falta de mudanças.

Durante seu mandato, ele tentou dar fim à violência no Delta do Níger, região rica em petróleo. O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger atacava instalações petrolíferas, sequestrava funcionários das companhias e lutava contra tropas do governo desde janeiro de 2006, no que qualificava de manifestação contra a pobreza na região.

Visita recente ao Brasil
O presidente Lula recebeu Umaru Yar'Adua no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF), em julho do ano passado. Durante a visita, foram assinados acordos de parceria bilateral na área de pesquisas e patentes de biotecnologia, cooperação esportiva e energia.

A viagem de Yar'Adua foi a segunda visita de um chefe de Estado nigeriano ao Brasil desde a posse de Lula. Em 2005, o então presidente Olusegun Obasanjo esteve em Brasília para participar das celebrações do Sete de Setembro. Lula, por sua vez, foi duas vezes à Nigéria, em 2005 e em 2006.

A Nigéria é o principal parceiro comercial do Brasil na África. Em 2008, o intercâmbio comercial foi de US$ 8,2 bilhões. O Brasil é o segundo maior importador de produtos nigerianos no mundo, sendo que a Nigéria é o maior fornecedor de petróleo do país.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/05/05/morre-presidente-da-nigeria-diz-agencia.jhtm

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estado das mães do mundo 2010



A ONG Save the Children publicou uma nova pesquisa sobre a situação das mães pelo mundo, denominado "Estado das mães do Mundo 2010", esse estudo apresenta um ranking de 160 países com as melhores e as piores condições para ser mãe.

Entre os dez melhores locais para dar à luz, "a Noruega ocupa o primeiro lugar, seguido de Austrália, Islândia, Suécia, Dinamarca, Nova Zelândia, Finlândia, Holanda, Bélgica e Alemanha", afirma a ONG, que situa Irlanda e França nas 11º e 12º posições, respectivamente.

"Nas dez últimas posições, encontramos o Afeganistão no último lugar, precedido por Nigéria, Chade, Guiné Bissau, Iêmen, República Democrática do Congo, Mali, Sudão, Eritreia e Guiné Equatorial", acrescenta a ONG.

"O que poderia ser feito para melhorar a situação das mães e dos recém-nascidos na África? Apostar mais na disponibilização e formação de médicas", responde a ONG.

Para dar uma ideia da situação, a organização faz comparações: "Na Etiópia, apenas 6% dos nascimentos são assistidos por uma equipe qualificada, enquanto na Noruega praticamente todos os nascimentos contam com a presença de profissionais especializados.

Save the children também afirma que "na Nigéria, as mulheres recebem menos de quatro anos de educação formal", enquanto "na Austrália e na Nova Zelândia, cada mulher passa, em média, mais de 20 anos na escola".

A organização examina "as diversas soluções para que as mulheres que trabalham nos cuidados médicos contribuam para salvar a vida das mães, dos recém-nascidos e das jovens mães".

E lança "uma convocação urgente para aumentar o número de agentes de saúde nas nações mais pobres do mundo".

http://www.savethechildren.org/

terça-feira, 4 de maio de 2010

19 Lavagem das Escadarias da Catedral Metropolitana de Campinas



Sábado de Aleluia de 2004, manhã de sol, mais uma edição da Celebração / Festa da Lavagem das Escadarias da Catedral Metropolitana de Campinas - SP, trabalho em vídeo, produzido dentro do Projeto Ciência na Escola,pelos alunos da¨6ª série da EMEF Dr João Alves dos Santos, depoimentos de Mãe Dango, Tiãzinho, Álvaro Ambiel, Izalene Tiene