terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Curva da Cintura - Parte 4 de 4

A Curva da Cintura - Parte 3 de 4

A Curva da Cintura - Parte 2 de 4

A Curva da Cintura - PARTE 1 de 4



Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra e Toumani Diabaté lançam o álbum A Curva da Cintura. Toumani é internacionalmente conhecido por tocar kora - uma espécie de harpa com 21 cordas - instrumento tradicional da África Ocidental, e por vencer, em 2010 e 2011, o Grammy Awards na categoria melhor álbum de Traditional World Music.
A Curva da Cintura foi gravado em Bamako, capital do Mali, na África, e em São Paulo, entre abril e maio de 2011. O projeto começou a ser esboçado a partir de uma série de shows que Arnaldo e Edgard apresentam juntos -- apenas as vozes dos dois, a guitarra ou violão, e um bumbo eletrônico tocados por
Edgard - desde 2009, paralelamente à carreira solo de cada um deles. Entusiasmados com o resultado sonoro desses concertos, Arnaldo e Edgard, que já são parceiros há quase vinte anos, começaram a compor novas canções para gravar um disco conjunto.
"Durante esse processo, fomos convidados a dividir um concerto com Toumani, no ano passado, dentro do Festival Back2Black, no Rio de Janeiro", conta Arnaldo. Fizeram juntos apenas um ensaio e se apresentaram no dia seguinte, acompanhados também de Chico Salem e Jam da Silva. "A sintonia foi tão grande que Toumani, entusiasmado, nos convidou para um dia irmos gravar com ele no Mali", completa Edgard.
"Após este contato, decidimos então convidá-lo para dividir conosco esse projeto. Toumani gostou da ideia e, quando as agendas permitiram, fomos para Bamako", explica o guitarrista brasileiro. Lá, ficaram duas semanas gravando com o músico africano, seu filho, Sidiki Diabaté, e outros músicos locais. Além das parcerias inéditas que levaram, compuseram com Toumani alguns temas que acabaram entrando no álbum. "Foi uma experiência mágica, do encontro de duas culturas diferentes dialogando e encontrando afinidades através da música", destaca Arnaldo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quinteto Abanã - Oxum



Negravat: Soprano
Giovani Di ganzá: Violão
João Nascimento: Percussão
Renato Antunes: Violoncelo
Douglas Lima: Flauta

Ária de Oxum (composição de Di ganzá)
Oro omim ma (Domínio Publico)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Serviço de Preto




O videoclipe musical "Serviço de Preto" é uma alusão ao termo pejorativo utilizado como forma de fazer menção as atividades e serviços mal feitos ou de baixa qualidade. O personagem central do video percorre um tempo histórico, desde o tráfico de escravos, até a tentativa do afrodescendente de inserção social através do mercado de trabalho.
A música é de autoria da dupla "Daniel Garnet e Peqnoh" com a parceria de Phael Camargo e Dennys Odd, sendo este o primeiro single que integrará o álbum de título homônimo, com previsão de lançamento para novembro de 2012.
Justificando a legitimidade da ideia central, a obra traz depoimentos reais de situações vividas por diversos profissionais negros.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cultura e História africanas chegam às escolas públicas

As escolas públicas vão receber no ano letivo de 2012 livros didáticos sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira. Serão distribuídas obras para alunos da educação infantil ao ensino médio. A proposta dessa iniciativa é proporcionar aos alunos a compreensão do desenvolvimento histórico dos povos africanos e de sua relação com outros povos, a partir de uma visão objetiva do continente africano.

O material tem como referência os oitos volumes da coleção História Geral da África. Editada em português graças à parceria entre a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e o Ministério da Educação, a obra completa foi enviada às bibliotecas públicas em 2011. As escolas receberão também dois livros síntese da obra completa da História Geral da África, com conteúdos relacionados à história, cultura, economia, política e arte.

“Temos ainda no Brasil a cultura do embranquecimento da população e a negação de toda uma cultura afro-descendente que também construiu este país”, ressalta Viviane Fernandes Faria, diretora de políticas para educação no campo e diversidade do MEC.

A inclusão da temática história e cultura afro-brasileira no currículo da educação básica das escolas públicas e particulares está prevista na Lei 10.639, de 2003. Além da história da África e dos africanos, o conteúdo deve incluir a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.

Segundo a diretora, ainda existe uma grande diferença de escolaridade entre as pessoas, com mais de 15 anos, entre a população negra e os não negros. A escolaridade é de 8,4 anos de estudo entre os não negros e 6,6 anos entre os negros. “Só que apesar dessa diferença, o avanço na escolaridade dos negros tem sido mais rápido em relação à dos não negros. Enquanto que de 2004 a 2009 houve crescimento de 9% em anos de estudo entre os não negros, entre os negros foi de 14,5%”, compara.

No entanto, Viviane Faria comenta que o Brasil ainda tem uma dívida social com os afro-descendentes. “Se o analfabetismo é maior entre os negros e os maiores índices de pobreza estão entre os não brancos, vamos ver claramente que a pobreza e as dificuldades salariais e de acesso à universidade têm cor no Brasil. E essa cor é negra. Então precisamos, sim, enfrentar esse racismo na escola e na sociedade”, afirma.

Rovênia Amorim

Fonte:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17259

sábado, 19 de novembro de 2011

TV Brasil, programação especial na Semana da Consciência Negra



Semana da Consciência Negra

Confira a programação especial da TV Brasil

Nesta semana, a TV Brasil preparou uma programação especial para celebrar a Semana da Consciência Negra, que começa quinta-feira (17) e se estende até sábado (26). São 18 atrações, que tratam de música, cinema, entrevistas, artes e história. Tudo para comemorar a data que simboliza a luta contra o preconceito e a discriminação, bem como estimula a reflexão sobre a importância africana na formação econômica, social e cultural do Brasil.

A TV Brasil presta homenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que foi morto em 1695 em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou com o início da destruição do quilombo. O Dia da Consciência Negra foi instituido no Brasil em 2003 através de lei.

Entre os programas preparados pela equipe da TV Brasil estão o Estúdio Móvel, que faz uma edição especial ao longo da semana; o De Lá Pra Cá, homenageando o poeta negro Cruz e Souza, considerado o mestre do simbolismo brasileiro. O Ver TV debate a presença do negro na televisão brasileira, que, apesar de ter aumentado, ainda é pequena se considerarmos a proporção de brancos e negros existente na sociedade brasileira. Caminhos da Reportagem, Animania, Rede Jovem de Cidadania, Cara e Coroa e 3 a 1 também trazem novidades. O programa Aglomerado, apresentado por Nega Gizza e MV Bill, vem com o músico Luiz Melodia que canta com a plateia no viaduto de Madureira, no Rio de Janeiro. E ainda, o Programa Especial, dedicado a pessoas com necessidades especiais; e Comentário Geral, que vai propor uma reflexão sobre a palavra Consciência.

No cinema, destaque para o documentário Mama Africa, do diretor Alé Braga, mostrando um pouco das muitas Áfricas que o mundo desconhece. E Cem Anos sem Chibata, do diretor Marcos Manhães Marins, que conta a história da rebelião militar da Marinha do Brasil, em 1910. Um dos líderes do movimento foi João Cândido, que ficou conhecido como Almirante Negro. Outras atrações estão na lista: os filmes Orfeu Negro, de Marcel Camus, lançado na França em 1959; e Nelson Mandela, de Regina Strassegger. E volta à tela, a série Capoeira, de cinco episódios, apresentada pelo mestre Boneco, que viaja para diversos lugares do mundo a fim de registrar como a arte vem sendo praticada.


Lista dos programas:


Quinta-feira, 17 de Novembro

Caminhos da Reportagem: Os negros no Brasil


Sábado, 19 de Novembro

Arte com Sérgio Britto: Especial Semana da Consciência Negra

Segue o Som: Negritude em todas as Latitudes


Domingo, 20 de Novembro

DOC Especial: Cem anos sem Chibata

Ver TV: O negro na televisão

De Lá pra Cá: Cruz e Sousa

Cara e Coroa: Especial sobre racismo

DOC Especial: Nelson Mandela


Segunda, 21 de Novembro

Sem Censura: Especial Dia da Consciência Negra

Rede Jovem de Cidadania: Apresentação do Yorùbá Batá-Lèbé

Estúdio Móvel: Especial Semana da Consciência Negra

Animania: Consciência e Arte

Capoeira: Muito Prazer, Eu Sou a Capoeira


Terça, 22 de Novembro

Capoeira: Capoeira Angola e Capoeira Regional


Quarta, 23 de Novembro

Comentário Geral: Consciência

Capoeira: Capoeira, Língua Universal

3 a 1: Consciência Negra

DOC Especial: Mama África

Quinta, 24 de Novembro

Capoeira: Jogo Capoeira, Sou Igual a Todo Mundo


Sexta, 25 de Novembro

Programa Especial: Uma entrevista com Isabel Filardis

Capoeira: Capoeira, Um Jogo Que Não Tem Fim

DOC Especial: Batatinha e o Samba Oculto da Bahia


Sábado, 26 de Novembro

Aglomerado: Luiz Melodia

Revista do Cinema Brasileiro: Cinema Negro

Programa de Cinema: Orfeu Negro


Confira mais detalhes em:

http://tvbrasil.org.br/novidades/?p=41475

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

III Sou África em Todos os Sentidos - 2011



Programação do mês da Consciência Negra, na Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira, aqui em Campinas.

III Sou África em Todos os Sentidos - 2011

III SOU ÁFRICA EM TODOS OS SENTIDOS

SOU EU ...ORGULHO DE ZUMBI

Palestras, Oficinas, Rodas de Conversa - Exposição, Pratos típicos

Fomento e Difusão da Cultura Negra

14/11 - Segunda – Abertura

18h30 – Abertura Oficial - convidados

19h – Ponto de Cultura IBAO – Andanças da Ginga (mostra)

19h30 – Oficina de Percussão Ilu Oba de Min - SP

21h30 Apresentação do Ilu Oba de Min – SP

22h30 Dj Barata, DJ Chakal, DJ LP e DJ Dú


15/11 – Terça Feira – Campinas Negra Campinas

15h Exibição do Filme e Debate: Vista a Minha Pele

17h Palestra: A presença Negra e o Patrimônio Cultural Negro na cidade de Campinas

Mirza Pelicciota – Secretaria Municipal de Comércio, Industria e Turismo (NÃO REALIZADA) Veja material no link:


http://www.slideshare.net/mirzapellicciotta/a-presena-negra-e-o-patrimnio-cultural-negro-na-cidade-de-campinas-mirza-pellicciotta


18h30 Seu Aluízio - Musica e Arte

20h Regina Teodoro - Sindicato das Empregadas Domésticas de Campinas, Magali Mendes FECONEZU e Berenice Coordenadoria da Mulher de Campinas


16/11 Quarta-Feira Toques, Cantos e Convicções

10h Oficina de Pandeiro – Marcos ACADA

15h Oficina de Carimbó das Caixeiras – Chris Bueno

Encerramento da Exposição as 17h.

18h30 Arrastão na UNICAMP – Casa do Lago.


17/11 Quinta feira – Juventude, Cultura e Sincretismo

10h30 Palestra – Ano Internacional Afro descendente – Diogo Silva – Medalhista do Taekwondo e Cesar Pereira – Coord. Da Juventude

15h Roda de Conversa com Jongueiros: Projeto Duas Marias e Uma Edite - costumes, manias encontros inter-geracionais

20h Roda de Conversa – Mãe Dango e Padre Jorge Luiz – Os santos sincretizados nas religiões de matrizes africanas


18/11 – Sexta-Feira - Famílias negras

10h A relação familiar nos terrreiros de Candomblé – Mãe Eleonora

15h Bendito os Beneditos – peça teatral – Inventor de Sonhos

20h Prof Robson – Os Caminhos da Liberdade e a família na Liga Humanitária dos Homens de Cor -

21h Brazil – Mestre Jahça e Carlos Kiss


19/11- Sábado - Marcha Zumbi dos Palmares – Reparação Já!

9h Concentração na Estação Cultura

Exposição aberta da partir das 19h na Casa de Cultura Fazenda Roseira.

20h30 Navio Negreiro de Castro Alves – Prof. Luiz Gustavo da EE. Rui Rodriguez - declamação

21h FESTA de encerramento do Seminário Internacional de Educação Social e Educação Não Formal

21h30 Ponto de Cultura Caminhos – Grupo Oju Obá

22h Expresso 4.11 – Batucada Viva Zumbi


20/11 Domingo - Dia da Cosnciência Negra - Viva Zumbi dos Palmares

Atividades na Estação Cultura. Exposição Fechada.

17h30 Jongo na mãe Preta – em frente a Igreja São Benedito – Comunidade Jongo Dito Ribeiro

19h Celebração Afro – Igreja São Benedito - Rua Luzitana, 636 – Campinas/SP


21/11 Segunda Feira - Heranças Culturais

10h Bendito os Beneditos – Peça Teatral – Ponto de Cultura Inventor de Sonhos

15h Oficina de Trançadeiras – Tranças para Crianças – Rede Trançando a Vida de Campinas e Região

19h30 A mulher negra na política e na militância – Edna Lourenço – Grupo Força da Raça

20h Oficina de Contação de Estórias – Pontão de Cultursa NINA Griot – Marcelo Alvo*


22/11 Terça Feira – Mitos, Beneditos e Diversidade Sexual

10h Apresentação da Peça – Os príncipes do Destino – Alunos do Programa Mais Educação

15h Bendito os Beneditos – Ponto de Cultura Inventor de Sonhos

20h Vamos Escurecer a História da Eugenia no Brasil– Grupo IDENTIDADE e Rede Afro LGTB – Luis Fernandes e César Gomes


23/11 Quarta feira – Intercâmbios Brasil África

10h Exibição de Filme: MANDÙ – direção Camila Mourgause

15h Conversa e Apresentação das Produções do Projeo de Extensão Fabulografias em Áfricas cartões-postais (Faculdade de Educação e Labjor – Unicamp) – Coletivo Fabulografias – Coord. Alik Wunder

20h Escola de Bambu – Exibição de Documentário – Vinícius Zanotti


24/11 Quinta Feira Cultura e Arte

10h Oficina de Dança afro Contemporanea – Carlos Kiss e Mestre Jahça

15h Oficina de Dança de Rua – Dyssa

16h30 Roda de Conversa –Legislativo e Discriminação Religiosa – Sr. Eduardo Brasil e Maurílio Ferreira

18h30 Lançamento do Livro – Legião Negra – Osvaldo Faustino

20h Literatura Negra – Larissa Lisboa


25/11 Sexta -feira Território Livre da Culura Afro Brasileira – Tuxáua Alceu

10h Apresentação do Projeto Território Livre e projetos de Tuxauas presentes.12h Exibição do DVD As Matriarcas do Samba de Bumbo e Mandu – (curta) - Camila Morgause

14h Apresentação Musical de Jovens do Progen – Oficina 11. Toneladas/Expresso 4.11

15h Roda de conversa: 1) Eixo temático: Espaço Físico como território de dlago e sustentabilidade das entidades de matriz africana, 2) Tambor Cibernético (cultura digital e apropriação tecnológica). 3) Considerações Finais e 4) Encaminhamento de Demandas ao GT de Matriz Africana da Comissão Nacional de Pontos de Cultura.

Encerramento às 19h.


26/11 Sábado Dança e Exposição

9h – 12h Oficina de Dança dos Orixás – Renata Oliveira, Fabiano Barbieri e Fabiano Zaccarias

Exposição aberta até as 13h.


27/11 Domingo – Quizomba – Festa, samba e riso

11h30 Oficina de Berimbau – Prof Bombril IBECA

11h30 Oficina de Tambor Pulô – Prof. Alemão – Expresso 4.11

11h30 Oficina da Comunidade Jongo Dito Ribeiro – Jongo

13h Vozes D'Africa de Castro Alves – Prof. Luiz Gustavo da EE. Rui Rodriguez – declamação

14h Apresentação de Dança Afro – Inon Pelú Emi Orixá (Tradução: Caminhando com a força dos Orixás)

15h Roda de Samba com Aureluce Santos e convidados.


Informações: alejongo@gmail.com


http://casadeculturafazendaroseira.blogspot.com/2011/11/iii-sou-africa-em-todos-os-sentidos.


http://comunidadejongoditoribeiro.blogspot.com/

XIII Encontro da Cultura Negra - Paraty

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

War/No More Trouble | Playing for Change | Song Around The World

Redemption Song | Playing For Change

Mapa dos Terreiros

Matilde de Deus teles do Nascimento - Associação Cultural Afro-brasileira do Ilê Axé Babá Abuque - Belém - PA

O livro “Alimento: Direito Sagrado – Pesquisa Socioeconômica e Cultural de Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiros” foi lançado na IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – IV CNSAN, em Salvador/BA.

Os dados do Inventário sobre os terreiros foram publicados no sítio eletrônico do MDS:


http://www.mds.gov.br/sesan/terreiros/paginas/inicio.htm


Mapeamento dos terreiros nas cidades de Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e Recife

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Deputado quer proibir o sacrifício de animais em rituais religiosos

Projeto de lei acende debate sobre direito animal

Jornal Folha de São Paulo
08/11/2011

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO
THIAGO FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo quer proibir o uso e o sacrifício de animais em cultos religiosos no Estado.

Mesmo longe de ser votado, o projeto mobilizou religiosos e protecionistas. O debate contrapõe tradição cultural e direito animal e mostra furos na atual legislação.
Para o deputado Feliciano Filho (PV), o autor, ele não propõe nada além do que a lei prevê. "Só fixei multa para quem praticar o sacrifício, que já é proibido."
Ele se refere à Constituição e à Lei de Crimes Ambientais. Uma garante que os animais não sofram crueldade. Na outra, maus-tratos é crime. "Matar sem anestesiar é maus-tratos", argumenta.
Mas a Carta também garante liberdade de culto. O que viria primeiro?
"É um conflito. A legislação encampa valores da liberdade religiosa e do ambiente. Os dois lados podem ter razão", diz Daniel Lourenço, especialista em direito animal.
No Sul, uma lei de 2003 permite sacrifício de bichos em rituais de matriz africana. Em 2005, houve tentativa frustrada de derrubá-la.
Em São Paulo, a discussão mal começou e não envolve só as religiões africanas.
TRADIÇÃO DO SACRIFÍCIO
O sacrifício animal está na origem das maiores religiões do mundo. Historicamente, a morte dos animais era feita para expiação dos pecados ou em celebrações, explica o sociólogo Reginaldo Prandi.
Como religião institucionalizada, o cristianismo nunca adotou o sacrifício, mas teologicamente admite o seu significado. "Quando recebem a hóstia, os católicos fazem um sacrifício simulado. Para os cristãos, a morte de Jesus foi o último sacrifício."
No judaísmo, não é comum o sacrifício de animais, mas existe o abate kosher, que usa em larga escala técnicas próprias para matar o animal.

No abate kosher, assim como no halal (abate muçulmano), o animal é morto por degola e não é anestesiado.
A nova lei enquadraria toda morte de bicho feita sem insensibilização (anestesia).
Em 2010, o Brasil exportou 475,23 mil toneladas de carne para países que exigem abate halal ou kosher (39% do total exportado).
"O abate kosher não é um ritual. O ideal judaico é o vegetarianismo. Consumir carne é uma concessão a alguém de alma fraca", diz o rabino Ruben Sternschein, da Congregação Israelita Paulista. Segundo ele, o abate kosher "deve ser feito com o mínimo de sofrimento para o animal".
Já o abate halal de bois, aves e carneiros é um sacrifício religioso, diz Mohamed Hussein El Zoghbi, diretor da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil.
"Mas prima pelo bem-estar como nenhum outro. A morte por degola não causa sofrimento. A ruptura das veias e da traqueia faz com que o animal morra rapidamente. Quem vê pensa que está sofrendo, mas já está morto, se debate por reflexo."
De acordo com o presidente do CEN (Coletivo de Entidades Negras), Márcio Alexandre Gualberto, o bicho morto no candomblé também é consumido -nada a ver com a imagem de feitiçaria e galinha em encruzilhada.
"Tem quem faça isso, mas não é nossa tradição. Usam partes da tradição para fazer coisas que não são nossas."
Segundo ele, o sacrifício é praticado por sacerdotes treinados para minimizar o sofrimento. "O animal não pode sofrer. Somos preocupados com o bem-estar dos animais oferecidos aos deuses."
São Paulo tem 719 terreiros, segundo levantamento de Prandi, para quem o projeto é preconceituoso: "As motivações da lei são o preconceito e a ignorância. Se o deputado estivesse preocupado com animais, deveria bater na porta de frigoríficos".
Para Antonio Carlos Arruda, coordenador de políticas públicas da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de SP, o projeto é "inaceitável". "Liberdade religiosa é princípio da democracia."
Uma reunião do Fórum Inter-Religioso da secretaria discutiu a participação de entidades do Estado no movimento de reação ao projeto. O slogan da campanha, que antes era "Não toquem nos nossos terreiros", foi ampliado para "Cultura de paz e liberdade religiosa já!".
Um ato público organizado pelo CEN está previsto para o dia 15, às 13h, em São Paulo, no vão do Masp.

LIMITE DA LIBERDADE
Do outro lado, os defensores dos animais consideram o projeto pertinente ao menos por levantar o debate. "Nossa sociedade ainda tem a ideia de que animais são coisas. Nessa visão, o direito do homem é superior ao deles", diz o advogado Lourenço.
O promotor de Justiça do Estado Laerte Fernando Levai diz que há limites morais para o exercício da liberdade religiosa. "Há que se respeitar o direito ao culto, sim, desde que as práticas não impliquem violência."
O promotor João Marcos Adede y Castro, do Rio Grande do Sul, reforça o coro: "Se fosse assim, era só criar uma religião de sequestradores e haveria respaldo legal".
O mesmo pensa a veterinária Ingrid Eder, da ONG WSPA Brasil. "Que cultura é essa que causa maus-tratos aos animais? A cultura evolui de acordo com o conhecimento. Hoje, sabemos que os animais sentem dor."
Reginaldo Prandi acredita que a evolução deve vir de dentro da religião. "Há segmentos do candomblé que não matam animais. Pode ser que, no futuro, a religião evolua para um sacrifício mais simbólico, mas isso não pode ser imposto. Não se muda uma religião por decreto."

Veja a notícia na integra em:

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1002841-projeto-de-lei-acende-debate-sobre-direito-animal.shtml

domingo, 23 de outubro de 2011

Tião Santos na Escola



Tião Santos, Presidente da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho esteve na EMEF Dr João Alves dos Santos, Bairro Boa Vista, Campinas, São Paulo no dia 24 de setembro de 2011, Tião Santos estrelou o filme "Lixo Extraordinário", que foi indicado ao Oscar 2010 e vencedor de prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim em 2010. Na escola Tião Santos conversou com os alunos da 6º Ano A, ensino fundamental, turma que desenvolveu ações dentro da proposta do projeto Eu sou catador, Limpa Brasil, aqui na escola os trabalhos foram coordenados pelos professores Durival e Elisabete (ERET e Artes), o encontro foi na sala multiuso, a qualidade do som esta um pouco prejudicada pelo barulho dos ventiladores ligados, as imagens são de Ricardo Resende (ex-aluno, Mais Educação) e a edição do professor Eduardo (História). Um registro de uma iniciativa educativa/ambiental desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação, Ceprocamp.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pieter Hugo fotógrafo sul africano em Paraty




PARATY EM FOCO
7º FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA

http://paratyemfoco.com/evento/_pieter-hugo/

O fotógrafo sul africano Pieter Hugo é um dos convidados da Mostra Paraty em Foco, 7º Festival Internacional de Fotografia.

domingo, 18 de setembro de 2011

Galeria Cristiano Jr



Retrata pessoas de origem africana, escravas ou libertas, enfocando características faciais ou simulando suas atividades profissionais em estúdio. Visite as Galeria no menu Páginas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Savuru, Batuque, Samba, Jongo


Grupo Savuru, radicado na região do Padre Anchieta, Nova Aparecida, Campinas, São Paulo, coordenado por Benê Moraes, cultiva as tradições afro-brasileiras, batuques, sambas, jongos fazem parte do seu repertório. Apresentação realizada na EMEF Dr João Alves dos Santos, dentro da programação noturna do Sarau Folclórico - O Folclore Entre Nós, especialmente para a Educação de Jovens e Adultos - EJA, no dia 31 de agosto de 2011. Imagens e Edição de Eduardo Benedito, professor de história.

Piratas e os verdadeiros piratas


!Piratas!
Duração: 23 minutos e 26 segundos
País: Espanha
Linguagem: Espanhol
Gênero: Documentário
Produtor: Juan Falque
Diretor: Juan Falque

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Angolana Leila Lopes é eleita Miss Universo 2011




A representante de Angola, Leila Lopes, 25 anos foi eleita nesta segunda-feira, 12 de setembro Miss Universo 2011. O concurso aconteceu no Credicard Hall, na Zona Sul de São Paulo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Encontro de Congadas em Itapira, maio de 2004






Encontro de Congadas, Itapira, SP, 13 de maio de 2004.

Encontro de Congadas em Itapira




Congada de São Benedito de Mogi Guaçu
No dia 13 de maio de 2004, O Encontro de Congadas, no município Paulista de Itapira. Equipe do Projeto Preconceito e Discriminação
EMEF Dr João Alves dos Santos
Projeto Ciência na Escola

domingo, 21 de agosto de 2011

Agricultura brasileira em Moçambique


Fonte: Folha de São Paulo, 14 de agosto de 2011, Caderno Mercado

Terras oferecidas à brasileiros em Moçambique


São 6 milhões de hectares, equivalentes a três Sergipes

Fonte: Folha de São Paulo 14 de agosto de 2011

Moçambique oferece terra à soja Brasileira


Moçambique oferece terra à soja Brasileira

Agricultor do Brasil poderá usar por 50 anos área equivalente a 'três Sergipes', pagando R$ 21 por hectare ao ano.

País africano mira expertise brasileira no cerrado, região similar; 40 brasileiros visitarão as áreas em setembro

PATRÍCIA CAMPOS MELLO - DE SÃO PAULO
O governo de Moçambique está oferecendo uma área de 6 milhões de hectares -equivalente a três Sergipes - para que agricultores brasileiros plantem soja, algodão e milho no norte do país.
A primeira leva de 40 agricultores parte de Mato Grosso rumo a Moçambique -a próxima fronteira agrícola do Brasil- no mês que vem. As terras são oferecidas em regime de concessão - os brasileiros podem usá-las por 50 anos, renováveis por outros 50, mediante um imposto módico de 37,50 meticais (R$ 21) por hectare, por ano.

"Moçambique é um Mato Grosso no meio da África, com terra de graça, sem tanto impedimento ambiental e frete muito mais barato para a China", diz Carlos Ernesto Augustin, presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). "Hoje, além de a terra ser caríssima em Mato Grosso, é impossível obter licença de desmate e limpeza de área."

Augustin organizou a missão de agricultores para ir ao país em setembro ver as terras. Um consultor da Ampa já está no país contatando autoridades e preparando a viagem. "Quem vai tomar conta da África? Chinês, europeu ou americano? O brasileiro, que tem conhecimento do cerrado", diz Augustin.

"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que eles fizeram no cerrado 30 anos atrás", afirma o ministro da Agricultura de Moçambique, José Pacheco. "A grande condição para os agricultores é ter disposição de investir em terras moçambicanas", diz Pacheco. É preciso empregar 90% de mão de obra moçambicana.

CONCESSÃO

A terra em Moçambique é propriedade do Estado e pode ser usada em regime de concessão, que está aberto a estrangeiros. O governo busca agricultores brasileiros por causa da experiência no cerrado, que tem características climáticas e de solo muito semelhantes à área oferecida.

As terras oferecidas aos brasileiros estão em quatro províncias da região Norte:
Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia. A região é superior a toda área cultivada de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo (cerca de 5 milhões de hectares).
Os produtores vão a reboque da Embrapa, que mantém na área o projeto Pro-Savana, com a Agência Brasileira de Cooperação e a Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão).
O projeto de cooperação técnica em Moçambique é o maior da Embrapa fora do Brasil - terá 15 pessoas a partir de outubro. Em duas estações no norte do país, eles estão testando sementes de algodão, soja, milho, sorgo, feijão do cerrado brasileiro, para adaptá-las ao norte moçambicano.

"Nessa região, metade da área é povoada por pequenos agricultores, mas a outra metade é despovoada, como existia no oeste da Bahia e em Mato Grosso nos anos 80", diz Francisco Basílio, chefe da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa.
O governo vai dar isenção fiscal para importar equipamentos agrícolas.

Fonte: Folha de S.Paulo – 14.08.2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Fome na Somália



Foto publicada na primeira página do Jornal Folha de São Paulo, edição de Sexta-Feira, 05 de agosto de 2011

Clínica na Somália trata casos de desnutrição severa



Clínica na Somália que trata casos de desnutrição severa. Feito pelo enviado especial do Opera Mundi à Somália. Leia mais em http://operamundi.uol.com.br

Na Somália, 40 mil pessoas fogem em busca de comida e água



A agência de refugiados da ONU informou, nesta terça-feira, que cerca de 40 mil pessoas que estavam passando fome fugiram de Mogadíscio, capital da Somália, no mês passado em busca de comida e água. Enquanto isso, o programa mundial das Nações Unidas estava se preparando para o transporte aéreo de ajuda alimentar para a capital somali, mas os esforços foram prejudicadas pela burocracia de última hora no Quênia, atrasando a ajuda humanitária. Outra preocupação é com o período de chuvas que poderá deixar alguns campos de refugiados alagados. As crianças têm sido as maiores vítimas

sábado, 2 de julho de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Paul Harro Harring, 1840

Paul Harro Harring, 1840, Brasileiro acreditando haver reconhecido seu escrovo fugido, 1840.
Paul Harro Harring, 1840, aquarela, São Paulo, Instituto Moreira Sales.

Fonte: Alencastro, Luis Felipe. Vida Privada e Ordem Privada no Império in História da Vida privada no Brasil, Vol 2, São paulo, Companhia das Letras, 1998.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Paul Harro Harring, 1840

Menina Negra que havendo comprado sua liberdade, fora acusada de roubo sob a ameaça do chicote
Paul Harro Harring, 1840, aquarela, São Paulo Instituto Moreira Sales

Fonte: Slenes, Robert W. Senhores e Subalternos no Oeste Paulista in História da Vida Privada no Brasil Vol 2, São Paulo, Ed Companhia das Letras, 1998.

domingo, 17 de abril de 2011

Augustus Earle, Dança Brasil

Dança, Brasil, ca. 1820-1824
Pintado por Augustus Earle (1793-1838), original na Biblioteca Nacional da Austrália, Canberra
Aquarela sobre papel intitulada "Cena Fandango Negro, Campo St. Anna, Rio de Janeiro", mostra homens, mulheres, crianças e dança, instrumentos musicais (por exemplo, bateria), pessoas com vasos de cerâmica, frutas. Augustus Earle, um pintor Inglês, morava no Rio de Janeiro 1820-1824.

Fonte: Slave Voyages
Visite o site Slave Voyages e conheça coleção completa em:

http://hitchcock.itc.virginia.edu/Slavery/search.html

Augustus Earle, Capoeira


Aquarela sobre papel intitulada "combater os negros, brasis". Embora a palavra "luta" é o título do artista, os movimentos do corpo do homem são os da Capoeira. A capoeira é observada por uma mulher carregando um bebê, e um policial branco / soldado aproximando da cena, note o tambor demonstrado pelo homem sentado, a fonte de música para este desempenho. Augustus Earle, um pintor Inglês, morou no Rio de Janeiro 1820-1824.

Fonte: Slave Voyages
Visite o site Slave Voyage para conhecer a coleção completa em:

http://hitchcock.itc.virginia.edu/Slavery/search.html

Augustus Earle, Extraindo Bicho do Pé

Pintado por Augustus Earle (1793-1838, original na Biblioteca Nacional da Austrália, Canberra.

Aquarela sobre papel intitulada "Cena Extraindo uma coqueteleira, na federação. Mostra uma mulher negra extrair um bicho do pé de um homem branco, no que parece ser uma espécie de taverna, jarro em cerâmica nota canto esquerdo. O bicho de pé era extremamente incômodo para os europeus e africanos em muitas áreas do Novo Mundo, invadindo a pele através dos pés ou dedos dos pés, eram removidos através de uma técnica simples. Augustus Earle, um pintor Inglês, morou no Rio de Janeiro entre 1820-1824.

Fonte: Slave Voyages
Visite o site Slave Voyages para conhecer a coleção completa em:

http://hitchcock.itc.virginia.edu/Slavery/search.html

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Negro e Negra na Bahia, Rugendas

Johann Moritz Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

Cultura da Resistência

Batuque em S. Paulo, mostra homens e mulheres dançando, um homem tocando uma reco-reco e outro um balafon, instrumento parecido com uma marimba. Como espectadores uma vendedora ambulante com seus produtos e criança pequena, assim como um soldado branco.Johann Baptist von Spix, Reise in Brasilien em Jahren den 1817-1820Munchen, 1823-1831

Batucada, homens e mulheres dançando em área rural, Johann Moritz Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835.

Jogar capoeira ou dança de guerra, homens e mulheres observando, homem tocando tambor do lado direito. A capoeira é uma forma brasileira de artes marciais e dança, cujas origens são obscuras, ela pode ter se originado na África ou nas senzalas das plantações brasileiras. Em qualquer caso, é uma prática exclusiva do Brasil, Johann Moritz Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

domingo, 10 de abril de 2011

Punições Públicas e Castigos Domésticos, Rugendas

Punições Públicas na Praça de Santa Anna, Rio de Janeiro, negro sendo chicoteando observado pelos espectadores, 1830, Johann Moritz Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

Castigos domésticos, um homem sentado batendo palmas das mãos de uma escrava com um pau, outra mulher que está sendo apresentada. Castigos Domesticos, Johann Moritz Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

Festa de Nossa Senhora do Rosário, Rugendas

Fête de Ste. Rosalie, Patrone dês Nègres” (Festa de Nossa Senhora do Rosário, Padroeira dos Negros) – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”. – “No mês de maio, os negros celebram a festa de Nossa Senhora do Rosário. É nesta ocasião que têm por costume eleger o Rei do Congo, o que acontece quando aquele que estava revestido dessa dignidade morreu durante o ano, quando um motivo qualquer o obrigou a demitir-se, ou ainda, o que ocorre às vezes, quando foi destronado pelos seus súditos. Permitem aos negros do Congo eleger um rei e uma rainha de sua nação, e essa escolha tanto pode recair num escravo como num negro livre. Este príncipe tem, sobre seus súditos, uma espécie de poder que os brancos ridicularizam e que se manifesta principalmente nas festas religiosas dos negros como, por exemplo, na de sua padroeira Nossa Senhora do Rosário…
… Às onze horas fui à igreja com o capelão e, não demorou muito, vimos chegar uma multidão de negros, ao som dos tambores. Homens e mulheres usavam vestimentas das mais vivas cores que haviam encontrado. Quando se aproximaram, distinguimos o Rei, a Rainha, o Ministro de Estado. Os primeiros usavam coroas de papelão, recobertas de papel dourado… As despesas da cerimônia deviam ser pagas pelos negros, por isso haviam colocado na igreja uma pequena mesa à qual estavam sentados o tesoureiro e outros membros da irmandade negra do Rosário, os quais recebiam os donativos dos assistentes dentro de uma espécie de cofre.”

Johann Moritz Rugendas

Johann Moritz Rugendas (Augsburg, Alemanha 1802 - Weilheim, Alemanha 1858). Pintor, desenhista, gravador. Desde criança, exercita o desenho e a gravura com o pai Johann Lorenz Rugendas II (1775 - 1826). Freqüenta o ateliê de Albrecht Adam (1786 - 1862), de 1815 até 1817, quando ingressa na Academia de Belas Artes de Munique. Incentivado pelos relatos de viagem dos naturalistas J. B. von Spix (1781 - 1826) e C. Fr. Ph. de Martius (1794 - 1868) e pela obra de Thomas Ender (1793 - 1875), vem para o Brasil em 1821, como desenhista documentarista da Expedição Langsdorff. Abandona a expedição em 1824, mas continua sozinho o registro de tipos, costumes, paisagens, fauna e flora brasileiros. Segue para Mato Grosso, Bahia e Espírito Santo e retorna ao Rio de Janeiro ainda no mesmo ano. Rugendas não realiza nenhuma pintura a óleo em sua primeira estada no Brasil, privilegia o desenho e ocasionalmente o colore à aquarela. De 1825 a 1828 vive entre Paris, Augsburg e Munique. Nesse período, dedica-se à publicação de sua obra Voyage Pittoresque dans le Brésil. Vai para a Itália em 1828, onde observa novas técnicas. O uso de cores e o esboço a óleo chamam sua atenção. Motivado pelo naturalista Alexander Humboldt (1769 - 1859), Rugendas viaja para o México em 1831, com projeto de viagem pela América com objetivo de reunir material para nova publicação. No México, começa a pintar a óleo, utilizando as técnicas assimiladas na Itália. A partir de 1834, excursiona pela América do Sul, passa pelo Chile, Argentina, Peru e Bolívia. Em 1845, chega ao Rio de Janeiro, onde retrata membros da família imperial e é convidado a participar da Exposição Geral de Belas Artes. No ano seguinte, parte definitivamente para a Europa. Em troca de uma pensão anual e vitalícia, cede sua coleção de desenhos e aquarelas ao Rei Maximiliano II, da Baviera.

Fonte: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=928

Benguelas, Angolas, Congos e Monjolos, Rugendas, Povos africanos no Brasil

Benguelas, Angolas, Congos e Monjolos, Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

Moçambiques, Rugendas, Povos africanos no Brasil

Moçambiques, Rugendas,Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

Cabindas, Quilhoas, Rebolos e Minas, Rugendas, Povos africanos no Brasil

Cabindas, Quilhoas, Rebolos e Minas, Rugendas, Viagem Pitoresca ao Brasil

Benguelas e Congos, Rugendas, Povos africanos no Brasil

Rugendas, Benguelas e Congos, Viagem Pitoresca ao Brasil, 1835

Rugendas, negros no porão do navio



Nègres a Fond de Calle (Negros no Porão de Navio) – Johann Moritz Rugendas – Da obra “Voyage Pittoresque au Brésil” (1835). – “Embarcam-se, anualmente, cerca de 120 000 negros na costa da África, unicamente para o Brasil, e é raro chegarem ao destino mais de 80 a 90 mil. Perde-se, portanto, cerca de um terço durante a travessia de dois meses e meio a três meses…

quarta-feira, 6 de abril de 2011

África territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XIX



África territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XIX.

Fonte: Quilombolas, tradições e cultura da resistência

África - territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XVIII



África - territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XVIII.

Fonte: Quilombolas, tradições e cultura da resistência

África - territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XVII



África - territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XVII

Fonte: Quilombolas, tradições e cultura da resistência

África - territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XVI



Mapa - África - territórios de origem dos povos escravizados e trazidos para o Brasil no século XVI.

Fonte: Quilombolas, tradicões e cultuira da resistência

África Mapa - estrutura ambiental e riqueza mineral



Fonte: Quilombolas, tradições e cultura da resistência

domingo, 3 de abril de 2011

Flor do Deserto - Trailer Legendado

Desert Flower, Waris Dirie, Flor do Deserto





Baseado no best seller Desert Flower, autobiografia da modelo somali Waris Dirie, o filme acompanha a trajetória de sua vida. Circuncisada aos 3 anos de idade e vendida para um casamento arranjado aos 13 anos, Waris decide fugir atravessando o deserto até chegar a Mogadíscio, capital da Somália. De lá, é enviada por sua avó para Londres onde começa trabalhar como empregada doméstica para os membros da Embaixada da Somália. Waris passa toda sua adolescência sem ser alfabetizada e quando se vê sozinha pelas ruas de Londres encontra Marylin, uma vendedora de shopping, que acaba ajudando a jovem. Trabalhando numa lanchonete, Waris é descoberta por um conceituado fotógrafo Terry Donaldson que a coloca no mundo moda. Um filme emocionante. Em muitos países africanos, sob a influência do islamismo, a prática tradicional da circuncisão consiste na retirada do clitóris das meninas e adolescentes, depois a região é costurada e somente retirada com o casamento pelo marido. Segundo a tradição essa prática garante a pureza das meninas. As meninas que não passam pelo processo são marginalizadas e consideradas prostitutas.