sábado, 12 de setembro de 2020

África na Sala de Aula - África no Currículo Escolar

 

África na Sala de Aula - África no Currículo Escolar

Live realizada no dia 27 de agosto de 2020

dentro da Jornada Anti-Racista de Valinhos

Associação Cultural Afro-Brasileira de Valinhos

Coletivo de Estudos Tereza de Benguela

Selo Diversidade Cultural - A Infância, Combate ao Racismo e Resistência

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Afro Brasileiro

 

AFRO BRASILEIRO

Thaíde & DJ Hum

 

E ai rapazeada como é que tá?

Estamos aqui de novo pra tentar fazer você dançar

Como velhos tempos tempos velhos velhos quais

Tempos velhos meus amigos pretos velhos

Que não voltam mais

Ancestrais seguidos de bravos guerreiros

Fazem o Brasil inteiro se curvar

Diante de tal bravura

Que loucura

Só pra todo custo defender aquele lugar

Que alias se chamava Palmares

E foi destruído por um velho

Que não era preto mais se chamava Jorge

E com sua sorte e nosso azar

Matou todos do quilombo que hoje seria nosso lar

E mesmo assim de novo mostro a vocês, outra vez

A importância de ser

Negro por inteiro

Reconhecendo o seu valor

E por favor, respeitando o irmão mais claro

Que está sempre do seu lado

Torcendo pra você vencer

E crer

Na energia africana que

Emana das sementes espalhadas pelo mundo inteiro

Seja escuro, mas seja escuro e verdadeiro

 

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro (me diga quem você é)

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro

Afro-brasileiro (me diga quem você é)

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro

Somos descendentes de Zumbi

Grande guerreiro

 

Todo dia quando vou sair de casa pra rua

Faço o sinal da cruz pra fazer juz

À fé em Deus e nos orixás

Sou duro na queda porque

Sou filho guerreiro de Ogun com Iemajá

E pra injuriar os conservadores imbecis

Tenho orgulho e bato no peito, sou descendente de Zumbi

Grande líder negro brasileiro

Por nosso liberdade enfrentou exércitos inteiros

Mas acabou perdendo a cabeça

E não é a cara dele que eu vejo nas camisetas

Nos bottoms toucas ou bombetas

Nem ganga zumba eu vejo nas jaquetas

Até o rap nos traiu importando santos pro nosso terreiro

Que falta de respeito

Por um homem de coragem

Que lutou pelos negros do Brasil inteiro

Meu companheiro ou minha companheira

Não digam besteira, se assumam

Ensinem nossa cultura à sua família

A nossa tradição, a nossa evolução

Tudo isso está em suas mãos

(não é brincadeira não, estou falando sério)

95, trezentos anos de Zumbi

Vamos homenageá-lo, agindo assim

 

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro (me diga quem você é)

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro

Afro-brasileiro (me diga quem você é)

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro

Somos descendentes de Zumbi

Grande guerreiro

 

 

Venha, que hoje é sexta

Eu vou chamar os refrigerantes e pra quem gosta cerveja

Vamos sentar aqui no chão

Colocar o box do lado

E ouvir um som do Gog,

Mano em pesado, Câmbio Negro e Racionais meu irmão

Afinal o que bom tem que ser provado

Tanta coisa boa e você ai parado acuado

É por isso que insisto

Sou um preto atrevido

E gosto quando me chamam de macumbeiro

Toco atabaque em rodas de capoeira

E toco direito

Minha cultura primeiro

O meu orgulho é ser um negro verdadeiro

 

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro (me diga quem você é)

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro

Afro-brasileiro (me diga quem você é)

Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)

Afro-brasileiro

Somos descendentes de Zumbi

Grande guerreiro



quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A Coisa tá Preta - Rincon Sapiência

A COISA TÁ PRETA

(Rincon Sapiência)

 

Vamo nessa (Manicongo)

Ei, pela minha raça não tem amor

Lava a boca pra falar da minha cor

Se eles quiser provar do sabor

Peça benção pra bater no tambor

 

Nunca age, nunca fala

Que a melanina vira bengala

Só porque fugimos da senzala

Querem dizer que nós é mó mala

 

Abre alas, tamo passando

Polícia no pé, tão embaçando

Orgulho preto, manas e manos

Garfo no crespo, tamo se armando

 

De turbante ou bombeta

Vamo jogar, ganhar de lambreta

Problema deles, não se intrometa

Olha a coisa tá ficando preta

 

Essa batida faz um bem, diz da onde vem

Corpo não para de mexer da até calor

É vitamina pra alma, melanina tem

E todos querem degustar desse bom sabor


Vamo, vamo, vamo

Sem corpo mole, mole, mole

Tamo no corre, corre, corre

A coisa ta preta, preta

 

Vamo, vamo, vamo

Sem corpo mole, mole, mole

Tamo no corre, corre, corre (Ok)

A coisa ta preta, preta (Vambora)

 

Ritmo tribal no baile nós ginga

Cada ancestral no tronco nós vinga

Cada preto se sente Zumbi

E cada preta se sente a Nzinga

 

Pinga, quica, pinga, quica

Querendo uma brecha, toma bica

Misturou, mas a essência fica

Açúcar mascavo adocica

 

Sangue de escravo não, pulei

Vou um pouco mais longe, sangue de rei

Na onda do stereo história, prolongo

Não rola mistério, sou Manicongo

 

Ei, DJ, ferve mil grau

Arame, cabaça, pedaço de pau

Que nem capoeira fechou, berimbau

A coisa tá preta, ó que legal

 

Essa batida faz um bem, diz da onde vem

Corpo não para de mexer da até calor

É vitamina pra alma, melanina tem

E todos querem degustar desse bom sabor

 

Vamo, vamo, vamo

Sem corpo mole, mole, mole

Tamo no corre, corre, corre

A coisa ta preta, preta

 

Vamo, vamo, vamo

Sem corpo mole, mole, mole

Tamo no corre, corre, corre

A coisa ta preta, preta

 

Se eu te falar que a coisa tá preta

A coisa ta boa, pode acreditar

Seu preconceito vai arrumar treta

Sai dessa garoa que é pra não molhar

 

Se eu te falar que a coisa tá preta

A coisa ta boa, pode acreditar

Seu preconceito vai arrumar treta

Sai dessa garoa que é pra não molhar

 

Essa batida faz um bem, diz da onde vem

Corpo não para de mexer da até calor

É vitamina pra alma, melanina tem

E todos querem degustar desse bom sabor

 

Vamo, vamo, vamo

Sem corpo mole, mole, mole

Tamo no corre, corre, corre

A coisa ta preta, preta

 

Vamo, vamo, vamo

Sem corpo mole, mole, mole

Tamo no corre, corre, corre

A coisa ta preta, preta

 


Galanga Livre – 2017

Rincon Sapiência





A Mão Limpeza - Gilberto Gil

 

A Mão da  Limpeza

Gilberto Gil


O branco inventou que o negro

Quando não suja na entrada

Vai sujar na saída, ê

Imagina só

Vai sujar na saída, ê

Imagina só

Que mentira danada, ê


Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o negro pensava, ê


Mesmo depois de abolida a escravidão

Negra é a mão

De quem faz a limpeza

Lavando a roupa encardida, esfregando o chão

Negra é a mão

É a mão da pureza


Negra é a vida consumida ao pé do fogão

Negra é a mão

Nos preparando a mesa

Limpando as manchas do mundo com água e sabão

Negra é a mão

De imaculada nobreza


Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o branco sujava, ê

Imagina só

Eta branco sujão



Gilberto Gil explicando a canção:


“Eu fiz A Mão da Limpeza para repor certas coisas no lugar e remendar um preconceito histórico contra os negros; para responder, no mesmo tom, um desaforo – o velho ditado: ‘Negro, quando não suja na entrada, suja na saída.’

 

“Ocorriam-me imagens de lavadeiras lavando roupa nas beiras de rios, inúmeros, por que eu passei no interior da Bahia e outros lugares; de cozinheiras negras, jovens e velhas, espalhadas pelas cozinhas do Brasil; de várias faxineiras limpando as casas. Ocorria-me com muita nitidez o quão acionados e quão importantes são os negros para o trabalho de limpeza em geral que é feito na vida, e também com tamanha nitidez o quão sujadores são exatamente os que têm mais recursos, os mais ricos, os mais beneficiados da sociedade que, em sua grande maioria, correspondem à classe mais clara, a faixa mais branca.

 

“Quer dizer, os negros são tão maciçamente empenhados na função da limpeza da comunidade e acabam sendo acusados de ser os sujões. No fundo, o provérbio tem uma conotação nitidamente moral, além de física; o que se tenta considerar como sujo no negro é sua existência, sua pessoa, sua condição humana. Nesse sentido é muito mais terrível, e a música nem alcança a dimensão da crítica disso; ela apenas toca nisso.

 

“Mas jogando a sujeira como algo produzido preferencialmente pelos brancos, ela faz a limpeza da nódoa que quiseram impor aos negros. E deixa implícita também uma condenação moral aos brancos. Ou seja: ‘Sujos na verdade são vocês, de corpo e alma; pelo menos, mais sujos que os negros vocês são. Há muito mais sujeira a apurar ao longo do processo da civilização de vocês do que da nossa.’ É o que a música diz. E ela diz o que tem a dizer, com contundência e eficácia.”


Fonte:

http://gilbertogil.com.br/conteudo/musicas/



veja a página do cantor: 

Voz do Sangue

 

VOZ DO SANGUE

Agostinho Neto

 

Palpitam-me

os sons do batuque

e os ritmos melancólicos do blue

 

Ó negro esfarrapado do Harlen

ó dançarino de Chicago

ó negro servidor do South

 

Ó negro da África

negros de todo o mundo

 

eu junto

ao vosso magnífico canto

a minha pobre voz

os meus humildes ritmos.

 

Eu vos acompanho

pelas emaranhadas Áfricas

do nosso Rumo.

 

Eu vos sinto

negros de todo o mundo

eu vivo a nossa história

meus irmãos.




Agostinho Neto



Veja um pouco sobre a trajetória de Agostinho Neto em :




segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Concurso Diversidade Cultural

 

UM DESENHO COM UM SLOGAN (UMA MENSAGEM)

Criem um slogan de impacto e desenhos com técnicas mistas de autoria, observando:

a) A temática antirracista proposta: “Infância, combate ao racismo e resistência”

b) A realização do trabalho em folha sulfite,  única, tamanho A4, sem dobras;

c) Não constar identificação do Autor na frente da folha;

d)  As informações para a identificação devem constar no verso, da folha/trabalho contendo as seguintes informações:

I.         Nome completo do Autor;

II.        Idade;

III.       Nome da instituição (Escola) proponente, série e turma.

 

 A realização dos trabalhos pelos alunos deve ser precedida de pesquisa documental sobre a temática étnico-racial e a cultura afro-brasileira, abordando as seguintes diretrizes:

a)        A igualdade da população negra como sujeito de direito;

b)        A compreensão de que a sociedade é plural e que os indivíduos pertencem a grupos étnico-raciais distintos;

c)        A desconstrução de que negros e indígenas são grupos inferiores;

d)        O rompimento das imagens negativas associadas à população negra; e

e)        O diálogo com os diferentes.

 

As premiações descritas no Item acima serão distribuídas entre as três categorias descritas no item “IV -sobre a inscrição”, da seguinte maneira:

a) 1ª categoria:

. 1º Lugar : 1 Tablet e 12 meses de Cestas de Alimentos.

. 2º Lugar -06 meses de cestas de alimentos.

. 3º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

. 4ºLugar  - 06 meses de cestas de alimentos.

. 5º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

 

b) 2ª categoria

. 1º Lugar - Curso de Inglês (12meses) e 12 meses de cestas de alimentos

. 2º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

. 3º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

. 4º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos

. 5º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

 

c) 3 ª categoria

. 1º Lugar - 1 aparelho celular Smartphone e 12 meses de cestas de alimentos.

. 2º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

. 3º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

. 4º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.

. 5º Lugar - 06 meses de cestas de alimentos.


Para maiores detalhes veja o edital do concurso: clique aqui


 

 

 

domingo, 21 de junho de 2020