terça-feira, 30 de março de 2010

Portal com acervo digital da cultura negra brasileira


O site www.cultne.com.br, que se autointitula "o maior acervo digital de cultura negra brasileira". O portal disponibiliza imagens da luta do movimento negro por direitos iguais nos últimos 30 anos, e convida internautas a enviar vídeos e a interagir com os que estão na rede. São registros de momentos importantes para os movimentos sociais, como a visita ao Rio, em 1987, do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid. Anos depois, Nelson Mandela, liberto da prisão, também veio à cidade, e visitou o Sambódromo.

As comemorações do centenário da abolição da escravatura, em maio de 1988, foram bem documentadas. E também os shows no Renascença Clube, na zona norte do Rio, reduto de black music, e do Jongo da Serrinha, grupo que preserva e divulga a herança cultural africana. As imagens, a maioria dos anos 80, são da produtora Enúgbarijo, aberta em 1981 com foco no movimento negro Como não havia internet, elas eram projetadas em centros comunitários.

"A partir de 82, a gente filmou praticamente tudo ligado ao movimento negro no Rio. A ideia era criar um sistema comunitário de informação para os que tinham apenas o que vinha dos meios de comunicação oficiais. O negro só aparecia no carnaval ou na página policial", lembra Vik Birkbeck, fundadora da Enúgbarijo, com Ras Adauto. Assim como a produtora Cor da Pele, de Filó Filho e Carlos Alberto Medeiros, aberta em 1982, a Enúgbarijo manteve sua coleção de fitas VHS, e agora oferece as imagens a pesquisadores, estudantes e ao público em geral.

"É a realização de um sonho. As pessoas desconhecem o que aconteceu num passado recente. Muitos jovens sul-africanos não sabem o que foi o apartheid. No Brasil, a memória mais forte que se tem dos negros é a da escravidão, e não de sua grande contribuição cultural", diz Vik. Cineasta inglesa, ela está no Brasil há 34 anos. Logo ao chegar, ficou impressionada com o racismo no País, que tinha a fama de ser "a maior democracia racial do mundo", e se engajou. Toda a programação do lançamento do site está em www.cultne.com.br.

Quilombolas, tradições e cultura da resistência


Quilombolas, Tradições e cultura da resistência, fotografia de André Cypriano, pesquisa de Rafael Sanzio Araújo dos Anjos, Mocambo Porto da Folha, Sergipe.

sábado, 20 de março de 2010

Trailer do besouro em inglês

Trailer do Besouro, o filme

Besouro, o Filme


Recôncavo baiano, 1924, passados quase quatro décadas da abolição da escravidão no Brasil, o povo negro trabalhador da produção de cana-de-açúcar continua sendo alvo do preconceito, racismo, discriminação, intolerância, violência, opressão e injustiça. A prática da capoeira e do candomblé é reprimida. Após a morte de Mestre Alípio, seu discípulo Besouro começa a luta contra os opressores. Besouro, o filme, imperdível.

Quando Manoel Henrique Pereira nasceu, não havia nem dez anos que o Brasil tinha sido o último país do mundo a libertar seus escravos.
Naqueles tempos pós-abolição nossos negros continuavam tão alijados da sociedade que muitos deles ainda se questionavam se a liberdade tinha sido, de fato, um bom negócio. Afinal, antes de 1888 eles não eram cidadãos, mas tinham comida e casa para morar. Após a abolição, criou-se um imenso contingente de brasileiros livres, porém desempregados e sem-teto.A maioria sem preparo para trabalhar em outros serviços além daqueles mesmos que já realizavam na época da escravatura. E quase todos ainda sem a plena consciência de sua cidadania. O resultado desse quadro, principalmente nas regiões rurais, onde estavam os engenhos de açúcar e plantações de café, foi o surgimento de um grande contingente de negros libertos que continuavam, mesmo anos após a abolição, submetendo-se aos abusos e desmandos perpetrados por fazendeiros e senhores de engenho.
Assim era sociedade rural brasileira de 1897, ano em que Manoel Henrique Pereira, filho dos ex-escravos João Grosso e Maria Haifa, nasceu na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano.
Vinte anos depois, Manoel já era muito mais conhecido na cidade como Besouro Mangangá - ou Besouro Cordão de Ouro -, um jovem forte e corajoso, que não sabia ler nem escrever, mas que jogava capoeira como ninguém e não levava desaforo para casa.
Como quase todos os negros de Santo Amaro na época, vivia em função das fazendas da região, trabalhando na roça de cana dos engenhos. Mas, ao contrário da maioria, ele não tinha medo dos patrões. E foram justamente os atritos com seus empregadores - e posteriormente com a polícia - que deixaram Besouro conhecido e começaram a escrever a sua imortalidade na cultura negra brasileira.
Há poucos registros oficiais sobre sua trajetória, mas é de se supor que a postura pouco subserviente do capoeirista tenha sido interpretada pelas autoridades da época como uma verdadeira subversão. Não por acaso, constam nas histórias sobre ele episódios de brigas grandiosas com a polícia, nas quais ele sempre se saía melhor, mesmo quando enfrentava as balas de peito aberto. Relatos de fugas espetaculares, muitas vezes inexplicáveis, deram origem a seu principal apelido: Mangangá é uma denominação regional para um tipo de besouro que produz uma dolorosa ferroada. O capoeirista era, portanto, "aquele que batia e depois sumia". E sumia como? Voando, diziam as pessoas...
Histórias como essas, verdadeiras ou não, foram aos poucos construindo a fama de Besouro. Que se tornou um mito - e um símbolo da luta pelo reconhecimento da cultura negra no Brasil - nos anos que se sucederam à sua morte.

Morte que ocorreu, também, num episódio cercado de controvérsias. Sabe-se que ele foi esfaqueado, após uma briga com empregados de uma fazenda. Registros policiais de Santo Amaro indicam que ele foi vítima de uma emboscada preparada pelo filho de um fazendeiro, de quem era desafeto. Já a lenda reza que Besouro só morreu porque foi atingido por uma faca de ticum, madeira nobre e dura, tida no universo das religiões afro-brasileiras como a única capaz de matar um homem de "corpo fechado".

E Besouro, o mito, certamente era um desses.

sexta-feira, 19 de março de 2010

desenhos 1 B

Pequenas Produções do 1 B


mais alguns desenhos

Pequenas produções sobre o filme Guerra do Fogo



Alguns alunos começaram entregar a resolução da avaliação sobre o filme, é um trabalho sobre a percepção de cada um sobre a produção cinematografica, tem vários aspectos para serem analisados, juntamente com uma produção "artística" sobre o filme, foi o caso da Taynara, os Josés Macedo e Roberto, Rafael e o Sérgio do 1 D, Arthur e o Alisson, Bruna Mirela e a Chintia, Agatha e o pedro do 1 B

Trailer do guerra do fogo

Guerra do Fogo


Nos primeiros anos do ensino médio começamos o ano discutindo um pouco sobre a temática da pré-história, um dos materiais utilizados foi o filme A Guerra do Fogo, algumas informações básicas sobre o filme:

La Guerre du Feu (A Guerra do Fogo) é um filme de 1981 feito na França e no Canadá,com locações na Escócia, Islandia, Quênia e Canadá. A direção é de Jean-Jacques Annaud. Anthony Burgess e Desmond Morris foram responsáveis pela linguagem especial que foi criada para o filme que conta uma história de período anterior ao uso da língua de maneira universal, tendo a linguagem corporal um forte apelo, juntamente com outros elementos que renderam a produção dez prêmios, sendo um deles o Oscar, além de sete outras indicações nos anos de 1982 e 1983

O filme retrata um período na pré-história e dois grupos de hominídeos. O primeiro, que quase não se diferencia dos macacos por não ter fala e se comunicar através de gestos e grunhidos, é pouco evoluído e acha que o fogo é algo sobrenatural por não dominarem ainda a técnica de produzi-lo; o outro grupo é mais evoluído e tem uma comunicação e hábitos mais complexos, como a habilidade de fazer o fogo. Esses dois grupos entram em contato quando o fogo da primeira tribo é apagado em uma guerra com uma tribo hominídeos mais primitivos, que disputam pela posse do fogo e do território. Noah, Gaw e Amoukar (membros do primeiro grupo) são destacados então para uma jornada para trazer uma nova chama acesa para a tribo. Nesse caminho deparam -se com um grupo de canibais, e resgatam de lá Ika, uma mulher pertecente ao grupo mais evoluído. Do contanto com essa mulher, os três caçadores do fogo aprendem muitas coisas novas, já que ela domina um idioma muito mais elaborado que o deles, assim como domina também a técnica de produção do fogo. Levados por diversas circunstâncias a um encontro com a tribo de Ika, percebem que há uma maneira diferente de viver; observam as diferentes formas de linguagem, o sorriso, a construções de cabanas, pintura corporais, o uso de novas ferramentas, e mesmo um modo diferente de reprodução.

CURIOSIDADES
- Baseado no livro de J. H. Rosny

PRÊMIOS
- Vencedor dos prêmios Cesar de Melhor Filme e Direção (1981) - Oscar de Melhor Maquiagem

FICHA TÉCNICA
Diretor: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Everett McGill, Rae Dayn Chong, Ron Perlman, Nameer El-Kadi, Gary Schwartz, Kurt Schiegl, Frank Olivier Bonnet, Brian Gill.
Produção: Michael Gruskoff, Denis Heroux, John Kemeny
Roteiro: Gérard Brach
Fotografia: Claude Agostini
Trilha Sonora: Philippe Sarde
Duração: 97 min.
Ano: 1981
País: França/ Canadá
Gênero: Aventura
Cor: Colorido